sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Fino Olhar

Fala! Responda a todas estas intragáveis perguntas...
não que precise das respostas, mas que Voz!!

Acaricia minha mente teu timbre, macio e liso
tal e qual teus cabelos...

Lerás este poema, perscrutando intenções...
...não te detenhas, nem percas tempo,
abrando-lhe a dúvida: Nenhuma!

Ouvir-lhe talvez... Que Voz!!

Tento equilibrar em minha balança d´audácia,
o disparate de escrever tais versos e o
doidivanas ato de [certa forma]
oportunizar-lhe ler tal rascado!?

Ademais, encarapuçado e de armadura poética
[pura e imaculada]
não tenho de quê desculpar-me por meus versos.

Nem agradecer pela inspiração...
este é o preço de sua paga, por lisas e macias madeixas...

E pela Voz, Que Voz!!

O Caminhante

Estão em mim contidas as Eras...
já quase posso sentir seu Pulsar

Tantos campos, quantas matas, mil mares...
em rodas ou outro qual, à muito
perdí-me do tecer das Contas

Agora que meu espírito corre livre, mergulha fundo
deita-me em lágrimas essa sereníssima alegria sincera...
entendo o porquê Gangrel, as penas, os ossos, lugares
me chamando, me pedindo, tocando minha nudez
soprando minhas costas, beijando meu Corpo

Já agora terei de voltar, mas enfim pelo Feixe de Luz...

como sei que neste peregrinar, precisarei transpor
a Lúmina...
Com suas vozes doloridas mentirosas a me clamar
erros, tentando desviar meu coração do Topo da Montanha

Vestirei a capa da humildade e buscarei meu nexo no
Tempo-espaço...

Mas agora, de volta aos meus... Agradeço!

O Dique rompeu

Quem é que exposto à luz do Sol
não há de tornar-se fonte??

Toda frase, todo som refletirá...

Como lua nos portaremos, e como espelho
reconstruiremos imagens quebradas, incompletas...
Seguiremos dançando, estranhos fragmentos
compositores de [importantíssimos] eventos microtemporais...

Ínfimas passagens, curto-comparativas...

Então, que lhes dá este status de importância?
retiramos de quais ilusões estes pressupostos
de valência?

Tirar-lhes o peso, seria 'dessignificar' o Existir...
pôr fim [do micro em direção ao macro]
ao Mosaico Universal...

Em poesia digo, um arrepiar, um tesão
remodelo o palpitar dos corações,
as avassaladoras paixões, o ódio
[segundo o Transmutado] a ausência do Amor...

À todos cabe a função do [criar, refletir, transmitir]
a Beleza... do Ser e Não Ser!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Eu escolho a Torre

Tonto, bailando entre tudo [e pouca coisa]
Teus caminhos pisados de nuvens,cinzas..

criado pra morder, não quer morder
só sabe morder...

e tudo não passa de buscar mistérios...
medroso que uiva, uiva de angústia...
onde está a miserável carcaça de plágio
que vestias tão bem?!!?

Nú e defronte a linha do vento que te contraria,
estás ainda a poucos passos do
[portão que buscaste tão sofregamente]

Prosseguirás ao desconhecido? ou mentirás um recuo??

Sonhei, escreví na cozinha.

Me chamam, me clamam...
...e vou...
...mas não poderia faltar
[a aula!?!??]

Diplomacia? deste lado, chega a...
...engraçado!!!

Poetando disfarço o medo indisível...
e fome de ir...

...do outro lado de lá

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Carência

A sonhar luas, posto a conjurar realizações,
aguardo um soprar de carinho...
em pêlos que nem meus mais...
Um toque sutil que despertaria dormidos universos que,
tal qual um buquê de sóis, resplandesceria!
O delírio transportaria qualquer autodenominada
Verdade para o obsoleto, livre dos palpitares do coração,
ordeiro desta torrente sensível a propulsionar a alma...
... à elevar-se
Quiçá o miraculoso encontrão de um Anjo, numa
escura esquina, à proporcionar um vislumbre do objeto da busca,
que inda tão longe se detém e nos espera

E nós munidos de Burros-Corpos, tentando nos desvincilhar
destes fiapos de desvios.

Sem compreender que tudo não passa de um erro anatômico,
que nos privou de todo o conhecimento válido, aos nos forjar
com olhos voltados para fora..!

Cotidiano

Lembro daqueles dias [em que tudo era igual]
a agora que vejo como é sutil [essencial]
a diferença
No ressonar da noite, plantamos sonhos pelo caminho.
Em busca de uma fenda [uma Porta]
que nos ponha [de volta]
À leva infinitesimal de caminho [vários]
E nós peregrinos, avançando;
em busca de qualquer encontrão do tempo!
sem afobação, sem hesitação